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Congonhas: Santuário é patrimônio da humanidade

Esta postagem foi publicada em 6 de abril de 2020 e está arquivada em Congonhas (MG).

 

 

Para quem deseja conhecer as obras de Aleijadinho, Congonhas (MG), localizada a apenas 79,6 quilômetros de Belo Horizonte, é um destino obrigatório.

A cidade guarda um dos mais relevantes conjuntos religiosos do Brasil colonial: o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, onde se destacam as estátuas dos 12 profetas, obra que, em 1985, recebeu o título de Patrimônio da Humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O Santuário é formado pela igreja, um adro, seis capelas e a Sala dos Milagres. Sua construção foi uma iniciativa de Feliciano Mendes, um minerador português, que após contrair uma grave doença fez uma promessa a Bom Jesus de Matosinhos. Depois de curado, passou a dedicar-se à construção do templo, que não chegou a ver completado.

A cruz, no alto do Morro do Maranhão, foi erguida em 1757, para marcar o local onde o templo seria construído. Feliciano faleceu em 1765, deixando a capela-mor em condições de funcionamento. Mas as obras continuaram.

Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, aceitou o convite para providenciar a decoração externa e iniciou a tarefa em 1796, concluindo-a nove anos depois.

A igreja é um importante exemplar da arquitetura colonial brasileira, com uma rica decoração interna em talha dourada (uma técnica na qual a madeira é esculpida e revestida por uma película de ouro) e pinturas.

 

No adro estão as estátuas dos doze profetas, esculpidas em pedra-sabão: Amós, Abdias, Jonas, Baruque, Isaías, Daniel, Jeremias, Oseias, Ezequiel, Joel, Habacuque e Naum.

 

As capelas abrigam 66 esculturas em cedro que representam os Passos da Paixão de Cristo. Esculpidas por Aleijadinho, as estátuas foram pintados por Manuel da Costa Athaíde e Francisco Xavier Carneiro.

1º Passo – Ceia
2º Passo – Horto
3º Passo – Prisão
4º Passo – Flagelação e Coroação de Espinhos
5º Passo – Subida ao Calvário ou Cruz-às-Costas
6º Passo – Crucificação

 

O turismo religioso tem um papel importante em Congonhas. Em setembro, entre os dias 7 e 14, acontece a maior festa religiosa do interior de Minas Gerais – o Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. O evento atrai aproximadamente 200.000 pessoas.

Mas se a sua intenção é conhecer a obra de Aleijadinho, essa não é a melhor época para visitar a cidade. O Adro fica isolado com fitas para evitar vandalismos e não é possível aproximar-se dos 12 profetas.

Também é difícil chegar até o santuário, pois as ruas próximas à igreja são tomadas por inúmeras barracas, onde se pode encontrar um pouco de tudo: comidas, roupas, produtos artesanais e não artesanais.

O Santuário do Bom Jesus de Matosinhos é considerado uma das obras-primas do barroco mundial. Seu valor histórico e cultural é incalculável. Porém, a fragilidade das obras, sobretudo dos profetas, expostas às intempéries e à poluição, gera o temor de se perder tão rico patrimônio.

Patrimônio esse que pertence ao mundo inteiro, mas que Congonhas e o Brasil têm o dever de preservar.

Referências:

Wikipedia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Santu%C3%A1rio_do_Bom_Jesus_de_Matosinhos. Acesso em 02.04.2020.
Prefeitura de Congonhas. Disponível em: https://www.congonhas.mg.gov.br/index.php/patrimonio-historico/. Acesso em 03.04.2020.
Senac Minas. Disponível em: http://www.descubraminas.com.br/Turismo/DestinoAtrativoDetalhe.aspx?cod_destino=6&cod_atrativo=22. Acesso em 02.04.2020.

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