Igreja do Traviú: um patrimônio a ser preservado

Esta postagem foi publicada em 22 de janeiro de 2020 e está arquivada em Jundiaí.

A pequena igreja do bairro Traviú consta do Inventariamento Preliminar do Patrimônio Histórico e Cultural de Jundiaí e está diretamente ligada à fundação do atualmente considerado bairro isolado do Traviú.

Em 1893, imigrantes italianos provenientes de duas regiões ao norte da Itália, Trento e Veneto, compraram uma fazenda ao redor do monte chamado Traviú.

Com o crescimento das famílias e a chegada de novos imigrantes, ocorreu uma divisão amigável e as famílias tirolesas (vindas de Trento – Tirol) ficaram ao sul e os Trevisanos ao norte da fazenda.

No início, a comunidade, tradicionalmente católica, se reunia para as orações em um barracão improvisado, onde havia um quadro de Nossa Senhora das Vitórias.

Posteriormente, foi erguida uma pequena capelinha, com tijolos de fabricação própria. A comunidade continuou crescendo e também o número de fiéis, exigindo a construção de uma capela maior, que foi edificada ao lado.

Mas com o passar dos anos, também esta se tomou insuficiente, e em 10 de junho de 1956, lançou-se à pedra fundamental da construção da nova igreja, desta vez em outro local do bairro.

A antiga capelinha foi transformada, em 1959, em entidade oficial de cultura, esporte e lazer – o “Grêmio Traviú”, que foi equipado com palco, auditório e equipamentos de som e cinema.

Por ocasião das festividades do centenário do bairro, em 1992, o prédio passou por uma reforma onde houve troca do reboco, foram acrescentadas novas escadas e executada nova pintura.

As intervenções realizadas encobriram uma de suas principais características – a escada redonda da entrada central.

Foi colocado, em frente à porta de entrada, um monumento em homenagem às famílias fundadoras, composto por três obeliscos que ostentam placas de bronze com as insígnias de origem dos moradores do bairro.

Pela sua importância histórica, merece ser preservada.