Ponte Torta

Esta postagem foi publicada em 10 de janeiro de 2020 e está arquivada em Jundiaí.

A ponte em arco sobre o rio Guapeva, também conhecida como Ponte Torta, é um exemplar arquitetônico usado em pontes inteiramente construídas em alvenaria. É originária da segunda metade do século XIX e serviu como ligação da cidade a Estação Férrea. O transporte era feito por meio de bondes de tração animal pela Cia. Ferro Carril Jundiaiense.

A ponte ficou por muitos anos abandonada. O rio Guapeva sofria um estreitamento na região da ponte, intensificando as enchentes no bairro do Vianelo. No fim da década de 1970, o rio foi alargado e a ponte foi mantida no meio do rio apoiada em um bloco de concreto.

Em 1981, o então vereador Ari castro Nunes Filho chegou a propor a demolição da ponte, dando como justificativa “se a ponte pode ser um obstáculo causador de obstrução do desaguar em seu álveo, do rio, o problema deve ser resolvido efetivando-se a derrubada deste entrave”.

O projeto de lei 3.578, de sua autoria foi aprovado e transformado na Lei de número 2.523, que autorizava a Prefeitura Municipal a proceder à demolição da “PONTE TORTA” em 30 (trinta dias).

A demolição, no entanto, não foi realizada e, em 2011, por meio do Decreto Municipal número 23.293, a Ponte Torta foi considerada Patrimônio Histórico da cidade de Jundiaí.

De acordo com a Prefeitura de Jundiaí, “em 2014 iniciou um processo de restauração e zeladoria, onde, além do projeto de restauro, foram colhidos depoimentos que visavam um resgate a memória, onde a população pudesse se empoderar da Ponte Torta e reconhecer, através de sua trajetória pessoal, o valor histórico da construção através das gerações”.